Em 1952, Paula Rego (n. 1935), dirige-se para Londres a fim de frequentar a Slade School of Art. Nos anos que se seguem, a artista vai explorando a sua técnica, rejeitando uma prática estritamente académica e inspirando-se, desde cedo, em temas quotidianos e em memórias da sua infância. A conquista de confiança no seu trabalho é originada neste período através da sua participação em projetos escolares e da conquista de prémios.
A partir de 1957, Paula Rego, através das obras do artista Jean Dubuffet (1901-1985), entra em contacto com a estética e princípios da arte bruta. Por via desta descoberta, é despertado o sentido mais primitivo e infantil da artista, verificando-se uma exploração vigorosa de recortes e colagens e uma libertação na sua prática artística, uma vez que a sua obra, até à data, muito se prendia aos ensinamentos académicos da Slade School of Art.
Depois do contacto com a obra de Dubuffet, a artista, em 1961, participa na exposição de artes plásticas promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, sendo-lhe atribuída, em 1962, uma bolsa de estudo pela mesma instituição. Nos anos que se seguem, Paula Rego dedica-se à técnica de assemblage, explorando o abstracionismo de modo informal e integrando temas que se associam à política.
Nos anos 70, a artista conquista o reconhecimento da crítica portuguesa e dá início à fase ilustrativa com fábulas e contos populares. À chegada dos anos 80, o nome da artista fazia já parte do cenário internacional, sendo exibidas nas suas pinturas novos elementos de figuração, mais eloquentes e realistas, que expressavam o imaginário ímpar e fantasioso de Paula Rego.
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Leilão Live Online 377 | Colecções de Casas Antigas de Lisboa | 15 e 16 de Julho pelas 19:00.
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Lote 225 |
PAULA REGO, Paula Figueiroa Rego (n. 1935)
"Parsifal"
Óleo e colagem sobre tela
Assinado e datado 1977
Dim. aprox.: 132 x 132 cm.